Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

O que é?

 

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), também conhecido como popular derrame, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria.

O derrame poderá deixar sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes, podendo muitas vezes levar a óbito.

As sequelas mais frequentes são paralisias em partes do corpo (mãos e pernas), problemas de visão, fala, afetando inclusive a memória.

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

Causas

Os fatores de risco para o derrame (AVCI) são vários:

Tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, obesidade, sedentarismo e doenças cardiovasculares, tais como hipertensão arterial e arritmias cardíacas, estenose carotídea ou doença arterial periférica.

Pessoas com pressão alta têm aproximadamente quatro a seis vezes mais chances de terem um derrame (AVCI). Os pacientes diabéticos também devem controlar as taxas de glicemia capilar e outros fatores de risco, pois o risco de isquemia é duas vezes maior se comparado ao de pessoas não diabéticas.

Sintomas

Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar e/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da musculatura do rosto ficando com a boca torta, dor de cabeça intensa e perda da coordenação motora. Todos eles de forma SÚBITA e podem ser únicos ou combinados.

Diagnóstico

O diagnóstico e tratamento precoce dependem da rapidez com que o paciente procura o serviço de emergência.

Tratamento

Segundo protocolos internacionais, o diagnóstico deve ser realizado o mais breve possível, para que possamos utilizar medicações apropriadas para o momento em que se encontra o paciente.

O tratamento deve ser aplicado até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas, aumentando assim as chances de recuperação e minimizando as sequelas e taxa de mortalidade.

A Neurorradiologia Intervencionista também poderá ajudar em alguns casos onde o inicio dos sintomas se iniciaram de 4 horas e 30 minutos até 24 horas . Através de um minúsculo cateter que é introduzido na virilha (através de um furinho de agulha), seguindo o fluxo das artérias até chegar à obstrução, com muito cuidado, precisão e ajuda de dispositivos específicos, consegue-se desobstruir o local, retirando o trombo ou coagulo, normalizando assim a circulação antes interrompida.

Independente da técnica, o fator fundamental para um bom resultado é o TEMPO. Quanto menor o tempo entre os sintomas e o tratamento, maiores as chances de recuperação.

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Aneurisma Cerebral

O que é?

O aneurisma cerebral é uma dilatação que se forma devido a um enfraquecimento da parede de uma artéria do cérebro. Na prática, a pressão normal do sangue, dentro do vaso, força essa região mais frágil e dá origem a uma saliência, semelhante a uma bexiga, que costuma crescer vagarosamente.

O aneurisma cerebral, se detectado precocemente, possui ótimas chances de cura. Porém, pode ser letal em 20% dos casos e deixar sequelas em outros 30%.

Acredita-se que 2% da população mundial tenha aneurisma cerebral e não tem conhecimento, pois o mesmo é assitomático na maioria dos casos, daí a importância da investigação médica.

Sintomas

A maioria dos aneurismas costumam ser sem sintomas (assintomáticos) e em cerca de 85% dos casos o achado é por acaso (incidental), porém se esses aneurismas forem grandes podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área afetada, como dor de cabeça, visão dupla, tontura e outras alterações. Essas manifestações já servem para dar um sinal de alerta.

Já quando ocorre o rompimento do aneurisma, os sinais mais comuns incluem dor de cabeça súbita, extremamente forte, “a pior dor de cabeça da minha vida”, náuseas, vômitos, confusão mental e até mesmo desmaio (perda da consciência).

Causas

Vários fatores contribuem para formação do aneurisma, entre eles a hipertensão arterial, o tabagismo e a história familiar de aneurisma – 15% dos portadores da doença têm parentes diretos com essa dilatação em artérias cerebrais.

 

Diagnóstico

A angioressonância magnética ou angiotomografia de crânio é um dos exames fundamentais para o diagnóstico dos aneurismas. O ideal seria que fossem detectados precocemente, mas isso nem sempre acontece, porque essa avaliação não está incluída na rotina dos check-ups e por isso a consulta com um bom neurologista se faz necessário.

Aneurisma Cerebral

Tratamentos

Uma das formas de tratamento do aneurisma cerebral se dá através da Neurorradiologia Intervencionista, pela técnica chamada de Embolização. Ela consiste em um minúsculo cateter que é introduzido na virilha (através de um furinho de agulha), que, através dele, são colocadas micro-molas e/ou stent para preencher o aneurisma, evitando assim o risco de sangramento (ruptura). A artéria que tinha um aneurisma permanece aberta levando sangue de maneira adequada para o cérebro.

Uma das vantagens da embolização consiste na possibilidade de uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, a redução quase total da taxa de infecção hospitalar e menos traumático, já que não há abertura do crânio. Além disso, é possível alta hospitalar mais rápida.

Esse procedimento, também, não deixa cicatriz, o que é um fator de permanente preocupação das pessoas. Entretanto, todos os casos deverão ser discutidos em equipe, principalmente com a neurocirurgia, pois essa é uma das opções de tratamento.

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Malformação Arteriovenosa

O que é?

Uma malformação arteriovenosa (MAV) é uma conexão anormal entre artérias e veias, modificando o fluxo entre elas.

Não se sabe ao certo a causa, porém acredita-se ser congênita, ou seja, o paciente nasce com ela ou com alguma predisposição a desenvolvê-la.

 

Sintomas

Assim como os aneurismas cerebrais, as malformações arteriovenosa (MAV), na maioria dos casos, são descobertas por acaso, ou seja, não apresentam sintomas.

Outros apresentam dor de cabeça crônica, crises convulsivas e até mesmo hemorragia cerebral em casos mais severos, sendo este último um quadro grave, podendo colocar em risco a saúde do paciente.

Diagnóstico

De uma forma geral, o diagnostico é feito através de uma história clínica detalhada, feita por um médico especialista (neurologista ou neurocirurgião), associados a alguns exames de imagem, tais como ressonância magnética e um cateterismo (arteriografia) cerebral que possam detalhar a localização exata, tamanho, bem como as características das artérias e veias, que possibilitem um estudo mais detalhado para escolha da melhor estratégia de tratamento.

Tratamentos

As opções de tratamento dependem das condições do paciente, bem como do tamanho, localização e característica da veia, podendo ser realizada através de uma cirurgia, embolização, radio cirurgia e até mesmo a combinação dessas técnicas.

Como é feita a embolização?

Uma das formas de tratamento de malformação arteriovenosa se dá através da Neurorradiologia Intervencionista pela técnica chamada de Embolização.

Consiste em um minúsculo cateter que é introduzido na virilha (através de um furinho de agulha) e através dele as artérias que nutrem a malformação são preenchidas com um liquido, que endurecem em contato com o sangue, reduzindo assim o fluxo sanguíneo, proporcionando aos poucos a oclusão da malformação.

Malformação arteriovenosa

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Obstrução das Artérias Carótidas

O que é?

A obstrução das artérias carótidas é uma das causas responsáveis pelo acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), correspondendo por até 15% dos casos.

As artérias carótidas (direita e esquerda) são as principais fontes de fluxo sanguíneo para o cérebro.

A doença carotídea ou estenose de carótida acontece quando há um estreitamento ou obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias carótidas proporcionadas por placas de gordura e cálcio (ateroma).

Causas

Alguns fatores contribuem para o aumento do risco:

 

  • Idade avançada (mais de 75 anos).
  • Diabetes.
  • Tabagismo
  • Hipertensão.
  • Colesterol elevado.
  • Obesidade.
  • Sedentarismo.
  • História familiar de derrame ou infarto.

Sintomas

A obstrução da carótida não causa sintomas nas fases iniciais da doença. Na maioria das vezes, a primeira manifestação da doença é um derrame e em alguns casos, um “aviso”, ou seja, sintomas transitórios que são conhecidos como ataque isquêmico transitório (AIT).

Os sintomas mais comuns de um AVC ou AIT relacionados à doença da carótida são:

 

  • Sensação de fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.
  • Dificuldade para enxergar de um dos olhos (amaurose fugaz).
  • Desequilíbrio com dificuldade súbita para caminhar.
  • Dificuldade para falar ou entender.

 

Normalmente esses sintomas aparecem subitamente e JAMAIS podem ser ignorados, mesmo que melhorem espontaneamente em alguns minutos.

Diagnóstico

Após uma história clínica detalhada e exame físico, o médico deverá exames complementares para confirmar ou excluir a suspeita da estenose carotídea. Entre eles:

 

  • ​Doppler da artéria carótida (menos invasivo, porém com ótima eficácia).
  • Angiorressonância magnética.
  • Angiotomografia computadorizada.
  • ​Aeteriografia cerebral (cateterismo), esse considerado exame padrão ouro.

Obstrução  das artérias carótidas

Tratamento

Depende da presença ou não de sintomas, grau de obstrução (estenose) e condições gerais de saúde do paciente. São eles:

Tratamento clínico: uso de medicação adequada para o controle dos sintomas e lesões que possa apresentar, mudanças no estilo de vida como alimentação saudável, realização de atividade física, interromper o tabagismo; controle de problemas de saúde associados como diabetes e pressão alta, assim como medicações que deixam o sangue mais fino, facilitando assim a circulação .

Cirurgia – endarterectomia: a cirurgia geralmente é feita sob anestesia geral e consiste de uma incisão no pescoço, com exposição e abertura da artéria carótida, seguida da remoção da placa de gordura.

Angioplastia com stent (procedimento minimamente invasivo): O procedimento consiste em um furo na região da virilha, e a colocação de um cateter que vai até a artéria carótida. A técnica consiste ainda na utilização de um filtro (pequena rede) que serve como proteção para evitar que pequenos
fragmentos subam para a circulação do cérebro. Em seguida, um stent (rede metálica em forma de tubo flexível) é implantado na região do estreitamento da artéria carótida, aumentando assim o calibre do vaso, melhorando o fluxo.

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